A previsão para liberar os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com juros baixos é dia 21 de junho. A direção do BNDES informou isso ao presidente do Banrisul, Fernando Lemos. O banco estatal gaúcho também vai oferecer essas linhas de crédito, que foram anunciadas pelo governo federal na semana passada. Essas linhas têm foco na indústria, mas estão abertas a outros setores. Ainda falta a regulamentação, que é essencial para os bancos definirem seus custos de operação, ou seja, a diferença entre o que o banco paga e por quanto empresta.
Os limites informados ao Banrisul são os seguintes:
1. Financiamento de máquinas e equipamentos:
– 1% do Fundo Social
– até 1,5% BNDES
– até 4,5% agente financeiro
2. Capital de giro para empresas com receita operacional bruta até R$ 300 milhões:
– 4% Fundo Social
– até 1,5% BNDES
– até 4,5% agente financeiro
3. Capital de giro para empresas com receita operacional acima de R$ 300 milhões:
– 6% Fundo Social
– até 1,5% BNDES
– até 4,5% agente financeiro
*Limites por operação: R$ 300 milhões para linhas de investimento produtivo (1 e 2 acima); R$ 50 milhões para capital de giro emergencial de MPME; e R$ 400 milhões para capital de giro emergencial de grandes empresas.
As linhas anunciadas pelo BNDES no último dia 29 são:
– Compra de Máquinas, Equipamentos e Serviços:
– Taxas: custo base 1% ao ano + spread bancário
– Prazos: até 60 meses com carência de 12 meses
– Financiamento a Empreendimentos: projetos customizados incluindo obras de construção civil
– Taxas: custo base 1% ao ano + spread bancário
– Prazos: até 120 meses com carência de 24 meses
– Capital de Giro Emergencial:
– Taxas: custo base 4% ao ano para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e 6% ao ano para grandes empresas + spread bancário
– Prazos: até 60 meses com carência de 12 meses
Pronampe:
Na semana passada, o Banrisul começou a operar o Pronampe Solidário (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O presidente do banco destaca uma condição especial oferecida pela instituição:
— Se o tomador quitar em dia as prestações, vai pagar no máximo o capital tomado. Devolveremos o excedente. Ou seja, o juro será, no máximo, zero no final da operação — detalha Lemos.
O limite do Pronampe para qualquer banco é de R$ 150 mil. O governo federal liberou R$ 1 bilhão para subsidiar os juros desse crédito, com financiamento de até 72 meses, 24 meses de carência e taxa nominal de 4% ao ano.
FONTE: ZERO HORA